Às vezes somos (como) deuses.
Porque o sol brilha. E é para nós. Especialmente.
Porque a rocha está
e nos ampara as costas. Divinamente.
Porque a areia aconchega o nosso sentar
e cada grão tem a cor que deve ter,
e cada um diz o que quer mesmo dizer.
E a praia dá-nos licença, infinita licença de olhar.
Imensidão.
Mar.
Luz.
Vento.
Silêncio.
Palavra.
Solidão.
Companhia.
Porque vim hoje à praia contigo.
Por isso estive mais comigo.
Ah! E elas, as cadelas,
preencheram os interstícios do indizível.
Foto: Henrique Santos
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