quinta-feira, 3 de março de 2011

Sou



Entre mim e a Primavera

um caminho de terras húmidas da última chuvada,
um apelo verde,
uma fugida de lebre vislumbrada em felpudos cinzas…

Sou
deslumbrada de sol
um canto
de pássaro sem nome
chilreia-me no espaço entre a alma e o corpo…

Sinto-me erguer,
sou capaz de derrotar a tristeza,
sou um sorriso sem fim que me sai dos poros,
que me seca o choro,
que me pega na mão.

Sou o chão.
Sou água.
Sou.