Sempre gostei de árvores, de as olhar.
De longe, na paisagem, de perto, a cada uma a minha atenção.
São mágicas, são rochas vivas de uma energia permanente, que se manifesta num tempo para além do tempo: num tempo mais longo que o meu.
Árvores.
Gosto de ficar por perto.
Cheirar o ar que as circunda.
Ouvir mil rumorejos, ver o sol bailar em cada folha uma dança única de luz. Tantos verdes, tantos tons, planos e planos de ramadas que quase tocam o céu.
Ficar cá em baixo, encostar ao tronco.
Ficar.
Permanecer.
Olhar para cima, as mãos percorrendo rugosidades e texturas, os olhos perscrutando a copa, mergulhando em verdes, voando cada vez mais para cima, lá onde as ramadas voam no céu azul.
Plátanos. Carvalhas. Pinheiros mansos.
Frescuras.
Proximidades.
Terra.
Gosto das árvores.
Foto: Henrique Santos
1 comentário:
Porque é que será que as árvores mexem connosco?
Eis uma interessante reflexão a fazer...
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